quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Il Grande Torino

Por Arthur Barcelos, @arthurbarcelos_

Il Grande Torino. Foto: Wikimedia
“Um time que por muito pouco não mudou o rumo do futebol italiano”. É o que diziam a respeito do Torino nos anos 40.

Em uma década (30) dominada por seus rivais, Juventus (cinco Scudettos), Ambrosiana-Inter (dois Scudettos) e Bologna (três Scudettos), o Torino aos poucos foi crescendo e já começava a “ciscar” nas posições superiores da Serie A. Mas foi em 1942 que o time se consolidou.

Com Ferruccio Novo na presidência, o clube procurou formar uma base sólida, contratando jogadores de clubes menores (mas com um enorme potencial), alguns das categorias de base, e outros dois/três de times grandes. Além disso, mudou a parte tática, mesmo com as várias mudanças no comando técnico, o time durante esses anos teve padrão de jogo. Durante os anos 30 jogava no 2-3-2-3 (ou WW), conhecido na Itália como ‘metodo’ (uma adaptação feita por Vittorio Pozzio, do 3-2-2-3, ou WM, de Herbert Chapman).
Ilustração: Tacticalpad
Porém na temporada 1941/42 o time passou a atuar no WM de Chapman, o 3-2-2-3, conhecido como ‘sistema’ na “Terra da Bota”.

Ilustração: Tacticalpad

Jogando no ‘sistema’, o time de Mazzola, Loik e Cia encantaram a Itália com um futebol ofensivo, priorizando o ataque, a posse de bola. E assim conquistaram cinco Scudettos consecutivos (1942/43, 1945/46, 1946/47, 1947/48 e 1948/49). Além disso, eram a base da Seleção Italiana até 1949, tendo até 10 jogadores no time titular, como no jogo contra a Hungria em 47.

Tragédia de Superga. Foto Wikimedia
“Eram a base da Seleção Italiana até 1949”, porque no dia 4 de maio de 1949, após um amistoso em Lisboa contra o Benfica, voltando para Turim, o avião (que transportava todos os jogadores, a comissão técnica, alguns jornalistas e outros) chocou-se com a Basílica de Superga, próxima da cidade piemontesa, não deixando sequer um sobrevivente. Era ali, o fim de um dos maiores times que o futebol, não só o Italiano, já teve. Um fim trágico, não condizente com os feitos.
Caso não fosse o desastre, e com um possível título na Copa do Mundo de 50 no Brasil, certamente o futebol italiano teria tomado outros rumos. Depois disso, o Torino nunca mais foi o mesmo, ainda conquistou o sétimo Scudetto em 1975/76, três Coppa Italia (1967/68, 1970/71 e 1992/93), além de um segundo lugar na Copa da UEFA 1991/92. Mas só. Desde 2008/09 não disputa a Serie A, e atualmente lidera a Serie B.

Mazzola, Loik e Ballarin, três grandes ídolos do time com a camisa da Nazionale. Foto: Wikimedia
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