quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

"DANÇA DOS TÉCNICOS" ABAIXO DA MÉDIA NA SERIE A

Ao lado de Davide Ballardini e Renzo Ulivieri, o experiente Luigi Delneri é constantemente chamado para assumir clubes em crise logo no início da temporada (Foto: Divulgação)
O futebol italiano é conhecido pelos sistemas defensivos, a tática e os técnicos estrategistas vestidos com ternos finos à beira dos gramados. No entanto, quando o planejado não dá certo e os resultados não aparecem, acaba sobrando para os "professores". A tradicional "dança das cadeiras" dos técnicos, tão familiar ao futebol brasileiro, também é comum em outros países, como na Itália. Três clubes já trocaram seus comandantes até a 16ª rodada nesta temporada, número abaixo da média dos últimos 19 anos, que é de 4,4 trocas por temporada. No entanto, por lá existe uma particularidade na regra que cria situações, no mínimo, curiosas. Um clube que contrata um treinador precisa pagar o salário dele até o final do contrato estabelecido, mesmo se o comandante for demitido antes. 

Presidente do Palermo, Maurizio Zamparini, é conhecido por ser "triturador" de treinadores. (Foto: Live Sicilia)
Por exemplo, o Palermo do presidente Maurizio Zamparini, conhecido por ser um "triturador" de técnicos, trocou de comando oito vezes em 2015/2016. Zamparini começou o último campeonato com Giuseppe Iachini, campeão da Serie B pelo clube no ano anterior, mas o demitiu para contratar Davide Ballardini, na 13ª rodada, um dos "bombeiros" mais chamados para apagar o incêndio de equipes que começam mal o campeonato. O desempenho foi ruim e o mandatário siciliano demitiu Ballardini e colocou no cargo interinamente Fabio Viviani, na 20ª rodada. Na rodada seguinte, o treinador da equipe rosa foi Giovanni Bosi, então comandante dos juniores. Giovanni Tedesco foi contratado depois de deixar o Birkirkara, de Malta. No entanto, a aventura de Tedesco à frente do Palermo durou apenas duas semanas e, na 24ª rodada, Bossi foi reconduzido ao cargo interinamente. Desesperado com a situação do time, Zamparini recontratou Iachini, que ainda recebia salário do Palermo, mas o demitiu depois de três rodadas. Walter Novellino chegou e ficou por quatro rodadas antes de dar lugar a Ballardini, que também já havia sido demitido na mesma temporada.

O Calcio Alternative fez um levantamento e constatou que 2015/2016 é temporada com o menor número de clubes que mudaram de treinador até a 16ª rodada desde 1998/1999. Apesar do Palermo - sempre ele - já ter trocado de comando duas vezes, apenas três times mudaram seus técnicos até o momento. Esse número é igual ao das temporadas 2010/2011 e 2006/2007. No entanto, esta não é a temporada com menos trocas neste período.

Apesar das lambanças da diretoria, o Palermo não é o clube que mais trocou de treinador precocemente desde 1998/1999. Este posto pertence a outro time insular, mas da Sardenha, o Cagliari. Os dados levantados pelo blog também revelam que os técnicos mais demitidos até a 16ª rodada são Marco Giampaolo, atualmente na Sampdoria, e Giuseppe Iachini, que já rodou do comando da Udinese. Por outro lado, os professores que mais assumiram times até a 16ª rodada da Serie A foram Luigi Delneri, hoje substituindo Iachini na Udinese, Davide Ballardini e Renzo Ulivieri, que se dedica ao futebol feminino desde 2014.

Confira os dados ano a ano:

2016/2017
Inter: Frank de Boer (demitido) - Stefano Vecchi (interino), Stefano Pioli (contratado)
Palermo: Davide Ballardini (demitido), Roberto De Zerbi (demitido) - Eugenio Corini (contratado)
Udinese: Giuseppe Iachini (demitido) - Luigi Delneri (contratado)

2015/2016
Bologna: Delio Rossi (demitido) - Roberto Donadoni (contratado)
Delio Rossi foi sacado do Bologna na temporada passada (Foto: Divulgação)
Carpi: Fabrizio Castori (demitido), Giuseppe Sannino (demitido), Fabrizio Castori (contratado)
Palermo: Giuseppe Iachini (demitido) - Davide Ballardini (contratado)
Sampdoria: Walter Zenga (demitido) - Vincenzo Montella (contratado)
Verona: Andrea Mandorlini (demitido) - Luigi Delneri (contratado)

2014/2015
Cagliari: Zdnek Zeman (demitido) - Gianfranco Zola (contratado)
Cesena: Pierpaolo Bisoli (demitido) - Domenico Di Carlo (contratado)
Chievo: Eugenio Corini (demitido) - Rolando Maran (contratado)
Inter: Walter Mazzarri (demitido) - Roberto Mancini (contratado)

2013/2014
Catania: Rolando Maran (demitido) - Luigi De Canio (contratado)
Chievo: Giuseppe Sannino (demitido) - Eugenio Corini (contratado)
Eugenio Corini tem identificação com o Chievo (Foto: Getty Images)
Genoa: Flavio Liverani (demitido) - Gian Piero Gasperini (contratado)
Sampdoria: Delio Rossi (demitido) - Sinisa Mihajlovic (contratado)

2012/2013
Cagliari: Massimo Ficcadenti (demitido) - Ivo Pulga (contratado)
Chievo: Domenico Di Carlo (demitido) - Eugenio Corini (contratado)
Genoa: Luigi De Canio (demitido) - Luigi Delneri (contratado)
Palermo: Giuseppe Sannino (demitido) - Gian Piero Gasperini (contratado)
Pescara: Giovanni Stroppa (demitido) - Cristiano Bergodi (contratado)

2011/2012
Bologna: Pierpaolo Bisoli (demitido) - Stefano Pioli (contratado)
Cagliari: Davide Ballardini (demitido), Massimo Ficcadenti (demitido) - Davide Ballardini (contratado)
Cesena: Marco Giampaolo (demitido) - Daniele Arrigoni (contratado)
Fiorentina: Sinisa Mihajlovic (demitido) - Delio Rossi (contratado)
Genoa: Alberto Malesani (demitido) - Pasquale Marino (contratado)
Inter: Gian Piero Gasperini (demitido) - Claudio Ranieri (contratado)
Lecce: Eusebio Di Francesco (demitido) - Serse Cosmi (contratado)
Antes de chegar à Europa League pelo Sassuolo, Eusebio di Francesco foi demitido do Lecce (Foto: Getty Images)

Palermo:
Devis Mangia (demitido) - Bortollo Mutti (contratado)

2010/2011
Bologna: Paolo Magnani (demitido) - Alberto Malesani (contratado)
Brescia: Giuseppe Iachini (demitido) - Mario Beretta (contratado)
Genoa: Gian Piero Gasperini (demitido) - Davide Ballardini (contratado)

2009/2010
Atalanta: Angelo Gregucci (demitido) - Antonio Conte (contratado)
Bologna: Giuseppe Papadopulo (demitido) - Franco Colomba (contratado)
Catania: Gianluca Atzori (demitido) - Sinisa Mihajlovic (contratado)
Livorno: Vittorio Russo e Gennaro Ruotolo (demitidos) - Serse Cosmi (contratado)
Napoli: Roberto Donadoni (demitido) - Walter Mazzarri (contratado)
Palermo: Walter Zenga (demitido) - Delio Rossi (contratado)
Roma: Luciano Spaletti (demitido) - Claudio Ranieri (contratado)
Siena: Marco Giampaolo (demitido), Marco Baroni (demitido) - Alberto Malesani (contratado)

2008/2009
Bologna: Daniele Arrigoni (demitido) - Sinisa Mihajlovic (contratado)
Chievo: Giuseppe Iachini (demitido) - Domenico Di Carlo (contratado)
Palermo: Stefano Colantuono (demitido) - Davide Ballardini (contratado)
Reggina: Nevio Orlandi (demitido) - Giuseppe Pillon (contratado)
Torino: Gianni De Biasi (demitido) - Walter Novellino (contratado)
Walter Novellino foi demitido do Torino em 2008 (Foto: Divulgação)
2007/2008
Cagliari: Marco Giampaolo (demitido) - Nedo Sonetti (contratado)
Empoli: Luigi Cagni (demitido) - Alberto Malesani (contratado)
Livorno: Fernando Orsi (demitido) - Giancarlo Camolese (contratado)
Palermo: Stefano Colantuono (demitido) - Francesco Guidolin (contratado)
Reggina: Massimo Ficcadenti (demitido) - Renzo Ulivieri (contratado)
Siena: Andrea Mandorlini (demitido) - Mario Beretta (contratado)

2006/2007
Ascoli: Attilio Tesser (demitido) - Nedo Sonetti (contratado)
Cagliari: Marco Giampaolo (demitido) - Franco Colomba (contratado)
Chievo: Giuseppe Pillon (demitido) - Luigi Delneri (contratado)

2005/2006
Cagliari: Attilio Tesser (demitido), Daniele Arrigoni (demitido), Davide Ballardini (demitido) - Nedo Sonetti (contratado)
Lecce: Angelo Gregucci (demitido) - Silvio Baldini (contratado)
Treviso: Ezio Rossi (demitido) - Alberto Cavasin (contratado)

2004/2005
Atalanta: Andrea Mandorlini (demitido) - Delio Rossi (contratado)
Fiorentina: Emiliano Mondonico (demitido) - Sergio Buso (contratado)
Lazio: Domenico Caso (demitido) - Giuseppe Papadopulo (contratado)
Parma: Silvio Baldini (demitido) - Pietro Carmignani (contratado)
Experiente Pietro Carmignani hoje se dedica ao futebol feminino (Foto: Divulgação)
Roma: Ezio Sella e Rudi Völler (demitidos) - Luigi Delneri (contratado)

2003/2004
Ancona: Leonardo Menichini (demitido) - Nedo Sonetti (contratado)
Empoli: Daniele Baldini (demitido) - Attilio Perotti (contratado)
Inter: Hector Cúper (demitido) - Alberto Zaccheroni (contratado)
Reggina: Franco Colomba (demitido), Sergio Buso (demitido) - Giancarlo Camolese (contratado)

2002/2003
Como: Loris Dominissini (demitido) - Eugenio Fascetti (contratado)
Reggina: Bortollo Mutti (demitido) - Luigi De Canio (contratado)
Torino: Giancarlo Camolese (demitido), Renato Zacarelli (demitido) - Renzo Ulivieri (contratado)

2001/2002
Lazio: Dino Zoff (demitido) - Alberto Zaccheroni (contratado)
Milan: Antonio Di Gennaro e Fatih Tarim (demitidos), Carlo Ancelotti (demitido), Antonio Di Gennaro e Fatith Tarim (contratados)
Parma: Renzo Ulivieri (demitido), Pietro Carmignani (demitido), Renzo Ulivieri (demitido), Pietro Carmignani (demitido), Daniel Pasarella (demitido) - Pietro Carmignani (contratado)
Udinese: Roy Hodgson (demitido), Gianpiero Ventura (demitido), Roy Hodgson (demitido) - Gianpiero Ventura (contratado)
Venezia: Cesare Prandelli (demitido), Alfredo Magni (demitido), Sergio Buso (demitido) - Alfredo Magni (contratado)

2000/2001
Inter: Marcelo Lippi (demitido) - Marco Tardelli (contratado)
Lazio: Sven-Göran Eriksson (demitido) - Dino Zoff (contratado)
Napoli: Zdnek Zeman (demitido) - Emiliano Mondonico (contratado)
Zeman não conseguiu fazer sucesso no Napoli (Foto: Divulgação)
Parma: Alberto Malesani (demitido), Arrigo Sacchi (demitido) - Renzo Ulivieri (contratado)

1999/2000
Bologna: Sergio Buso (demitido) - Francesco Guidolin (contratado)
Cagliari: Oscar Tabarez (demitido) - Renzo Ulivieri (contratado)
Piacenza: Luigi Simoni (demitido) - Maurizio Braghin (contratado)
Venezia: Luciano Spaletti (demitido), Giuseppe Materazzi (demitido) - Luciano Spaletti (contratado)

1998/1999
Inter: Luigi Simoni (demitido) - Mircea Lucescu (contratado)
Sampdoria: Luciano Spaletti (demitido) - Giorgio Veneri e David Platt (contratados)


TIMES QUE MAIS TROCAM DE TREINADOR ATÉ A 16ª RODADA DESDE 1998/1999


1- Cagliari: 10 trocas
2- Palermo: 8 trocas
3- Inter e Parma: 7 trocas
5- Bologna: 6 trocas
6- Chievo, Reggina e Venezia: 5 trocas
9- Genoa e Udinese: 4 trocas
11- Sampdoria, Siena, Torino: 3 trocas
13- Atalanta, Carpi, Catania Cesena, Empoli, Lazio, Lecce, Livorno, Milan, Napoli: 2 trocas
23- Ancona, Ascoli, Brescia, Como, Fiorentina, Pescara, Piacenza, Roma, Treviso, Verona: 1 troca


TREINADORES MAIS DEMITIDOS ATÉ A 16ª RODADA DESDE 1998/1999*


1- Giuseppe Iachini e Marco Giampaolo: 4 demissões
Giuseppe Iachini foi demitido da Udinese nesta temporada (Foto: Fotomenis.it)

















3- Davide Ballardini: 3 demissões
- Giuseppe Sannino
- Andrea Mandorlini
- Luciano Spaletti
- Sergio Buso

8- Delio Rossi: 2 demissões
- Walter Zenga
- Zdenek Zeman
- Pierpaolo Bisoli
- Massimo Ficcadenti
- Alberto Malesani
- Gian Piero Gasperini
- Stefano Colantuono
- Angelo Gregucci
- Daniele Arrigoni
- Attilio Tesser
- Renzo Ulivieri
- Pietro Carmignani
- Roy Hodgson
- Luigi Simoni

23- Cesare Prandelli: 1 demissão
Prandelli foi mandado embora do Venezia na temporada 2001/2002 (Foto: Divulgação)
 - Frank De Boer
- Stefano Vecchi
- Roberto De Zerbi
- Fabrizio Castori
- Eugenio Corini
- Walter Mazzarri
- Rolando Maran
- Flavio Liverani
- Domenico Di Carlo
- Giovanni Stroppa
- Sinisa Mihajlovic
- Eusebio Di Francesco
- Devis Mangia
- Paolo Magnani
- Giuseppe Papadopulo
- Gianluca Atzori
- Vittorio Russo
- Gennaro Ruotolo
- Roberto Donadoni
- Marco Baroni
- Nevio Orlandi
- Gianni De Biasi
- Luigi Cagni
- Fernando Orsi
- Giuseppe Pillon
- Ezio Rossi
- Emiliano Mondonico
- Domenico Caso
- Silvio Maldini
- Ezio Sella
- Rudi Völler
- Leonardo Menichini
- Daniele Baldini
- Hector Cúper
- Loris Dominissini
- Silvio Baldini
- Bortollo Mutti
- Renato Zacarelli
- Dino Zoff
- Antonio Di Gennaro
- Fatith Tarim
- Carlo Ancelotti
- Daniel Pasarella
- Gianpiero Ventura
- Alfredo Magni
- Marcelo Lippi
- Sven-Göran Eriksson
- Arrigo Sacchi
- Oscar Tabarez
- Giuseppe Materazzi
- Franco Colomba

TREINADORES MAIS CONTRATADOS ATÉ A 16ª RODADA DESDE 1998/1999*


1- Luigi Delneri, Davide Ballardini e Renzo Ulivieri: 5 contratações
Davide Ballardini é um dos principais "bombeiros" do futebol italiano (Foto: Juventus.com)
4- Pietro Carmignani: 4 contratações
- Nedo Sonetti

6- Eugenio Corini: 3 contratações
- Sinisa Mihajlovic
- Delio Rossi
- Alberto Malesani
- Sergio Buso

11- Stefano Pioli: 2 contratações
- Domenico Di Carlo
- Luigi De Canio
- Gian Piero Gasperini
- Daniele Arrigoni
- Claudio Ranieri
- Serse Cosmi
- Mario Beretta
- Franco Colomba
- Giancarlo Camolese
- Francesco Guidolin
- Gianpiero Ventura
- Alberto Zaccheroni
- Alfredo Magni

26- Antonio Conte: 1 contratação
Antes de fazer sucesso, Antonio Conte treinou a Atalanta na campanha do rebaixamento em 2009/2010 (Foto: Divulgação) 
- Fabrizio Castori
- Vincenzo Montella
- Gianfranco Zola
- Rolando Maran
- Roberto Mancini
- Ivo Pulga
- Cristiano Bergodi
- Massimo Ficcadenti
- Pasquale Marino
- Bortollo Mutti
- Giuseppe Sannino
- Roberto De Zerbi
- Stefano Vecchi
- Roberto Donadoni
- Walter Mazzarri
- Marco Baroni
- Giuseppe Pillon
- Walter Novellino
- Silvio Baldini
- Alberto Cavasin
- Giuseppe Papadopulo
- Attilio Perotti
- Eugenio Fascetti
- Renato Zacardelli
- Carlo Ancelotti
- Antonio Di Gennaro
- Fatith Tarim, Daniel Pasarella
- Roy Hodgson, Marco Tardelli
- Dino Zoff
- Emiliano Mondonico
- Arrigo Sacchi
- Maurizio Braghin
- Giuseppe Materazzi
- Luciano Spaletti
- Mircea Lucescu
- Giorgio Veneri
- David Platti

*Foram contabilizados os interinos nesse período também
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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

LEGA PRO: BRIGA DA TRADIÇÃO

Padova goleou o Parma por 4 a 1 fora de casa em duelo tradicional (Foto: Alessandro Filoramo  – Wire Studio)
Após 14 rodadas, o equilíbrio continua sendo a tônica da Lega Pro, a terceira divisão do futebol italiano. E equipes tradicionais com participações na Serie A, como Parma, Venezia, Reggiana, Alessandria, Padova, Lecce e Foggia estão na briga pelo retorno direto à Serie B. Lembrando que a Lega Pro é dividida em três grupos como 20 equipes e o campeão de cada grupo conquista o acesso sem a necessidade de disputar os playoffs.

GRUPO B
Após decretar falência em 2015, o Parma ressurgiu na Serie D (quarta divisão), onde conquistou o acesso com os pés nas costas de forma invicta. Na atual temporada, os crociati largaram como um dos principais favoritos novamente. No entanto, o time da Emilia Romagna não vem encontrando tanta facilidade. Mesmo jogando em casa no último domingo (20/11), o Parma acabou goleado por 4 a 1 no confronto direto com o também tradicional Padova e conheceu sua terceira derrota na competição. Com o resultado, o clube gialloblu continua com 25 pontos e ocupa a sexta colocação, ao lado do próprio Padova e Gubbio.

Mas a situação do Parma está longe de ser desesperadora. O líder do grupo é o Venezia, que bateu o Feralpisalò fora de casa pelo placar mínimo e soma 29 pontos. Campeão da Coppa Italia nos anos 1940 e tendo participado 21 vezes da Primeira Divisão, os arancioneroverdi decretaram falência duas vezes em dez anos. A última, em 2015, parece ter recolocado o time de Veneza nos trilhos. O clube passou a ser presidido pelo advogado americano de origem italiana Joe Tacopina. Com o comando técnico de Filippo Inzaghi, o Venezia perdeu apenas um jogo no campeonato e tem um ótimo início de campanha.

Ao lado de Pordenone e Sambenedettese na vice-liderança, com 27 pontos, aparece outro time tradicional: a Reggiana. Há 19 anos longe da Serie A e 17 da Serie B, o clube granata tem a melhor campanha em casa no grupo, com 19 pontos conquistados 21 disputados no Mapei Stadium, que também é a casa do Sassuolo.

Por outro lado, a situação não é nada boa para outros três clubes com história na Serie A. Ancona, Modena e Mantova ocupam a 17ª, 18ª e 19ª colocações, respectivamente. Os anconetani rivalizam com o Ascoli na disputa de principal time da região de Marchi (Marcas). São sete participações na Primeira e 25 na Segunda Divisão em toda história, a última há apenas seis anos. No entanto, o clube precisou ser refundado em 2004 e 2010 por causa de problemas financeiros e os últimos anos foram de mero coadjuvante. Com o segundo pior ataque do grupo, com apenas oito gols marcados, o Ancona soma 12 pontos e venceu somente dois jogos em 14 rodadas.

A crise também é grande no Modena. Depois de 12 temporadas seguidas na Serie B e 16 anos sem disputar a Terceira Divisão, a torcida dos canarini esperava, no mínimo, um time competitivo na Lega Pro. No entanto, a realidade é bem diferente. A equipe gialloblu somou um ponto (contra o laterna Forlì) dos últimos 18 disputados e tem 11 pontos no geral. Pior ainda está para o Mantova, que possui nove pontos e precisa tomar cuidado com o Forlì, que tem tem oito. Vale lembrar que o último colocado de cada grupo é rebaixado diretamente à Serie D. Os mantovani estiveram na Serie A pela última vez em 1971/72 e, entre 1963 e 1967, teve como goleiro o lendário Dino Zoff, que se consagrou pela Juventus, onde foi hexacampeão italiano, e pela Squadra Azzurra, onde levantou a Copa do Mundo em 1982 contra o Brasil.

GRUPO A
Sensação da última temporada quando chegou à semifinal da Coppa Italia, o Alessandria vem batendo na trave para entrar na briga pelo acesso nos campeonatos passados. Dessa vez, o time treinado pelo experiente Piero Braglia parece não ter adversários. Mesmo depois de 14 rodadas, o os grigi são o único clube entre todos os 60 que disputam a Lega Pro que ainda estão invictos. São 11 vitórias e três empates. Desempenho fenomenal, mas que sofre a ameaça da Cremonese, que ficou no 2 a 2 com o Como na última rodada, porém, seguem o Alessandria de bem perto, com 33 pontos. Há dez anos afastado da Serie B, o time da cidade de Cremona promete dar trabalho.

Um pouco mais abaixo, com 25 pontos, aparecem Livorno e Arezzo. Depois de um início instável, os livornesi emendaram uma boa sequência e vêm de três vitórias seguidas. O Piacenza ainda tenta se reestruturar depois de decretar falência em 2012 e ter recomeçado da Eccellenza, uma espécie de quinta divisão regional da Itália. Os biancorossi vêm de três derrotas nas últimas quatro derrotas, porém, com 22 pontos, ainda estão na briga pelos playoffs de acesso. Assim como o Siena, que faz uma campanha irregular, mas, com 19 pontos, na 11ª colocação, sonha com os playoffs, já que os dez primeiros de cada grupo se classificam.

GRUPO C
O grupo C, com os times do sul da Itália, é sempre o mais emocionante e divertido de se acompanhar. E não é diferente nesta temporada. São três clubes empatados na liderança, com 29 pontos: Lecce, Juve Stabia e Foggia. Desde 2012, quando foi rebaixado no mesmo ano da Serie A à Serie B no campo e da Serie B à Lega Pro por envolvimento em um escândalo de manipulação de resultados, o Lecce nunca mais conseguiu se restruturar. São cinco anos que os giallorossi fazem boas campanhas, tentam subir, mas batem na trave no finalzinho. Mais uma vez os leccesi montaram uma equipe forte para brigar pelo acesso. Depois de um início muito bom, o clube da região da Puglia emendou uma sequência de cinco jogos sem vencer (quatro pelo campeonato e um pela Coppa Italia Lega Pro). No entanto, o Lecce se recuperou de forma surpreendente justamente no confronto direto diante da Juve Stabia. Jogando em casa, a equipe da cidade de Castellammare di Stabia chegou a abrir 2 a 0, mas o Lecce foi buscar a virada nos minutos finais.


Com a segunda melhor defesa do grupo, o Foggia vinha de três empates seguidos, sendo dois contra Lecce e Catania, que fazem boa campanha, o que não pode ser considerado ruim. No entanto, em um grupo tão disputado, qualquer derrapada pode custar muito caro. No entanto, os satanelli se recuperaram diante do lanterna Catanzaro e continuam na briga pelo acesso direto. Os rossoneri estiveram bem próximos da Serie B na temporada passada, mas perderam a final dos playoffs para o Pisa. Esse é o melhor momento do clube que projetou o estilo ofensivo e ousado do técnico Zdenek Zeman desde os anos 1990, quando o Foggia disputou pela última vez a Serie A e a Segundona.

E o empate na liderança do grupo poderia ser de quatro equipes se o Matera não tivesse tropeçado e perdido para o Andria, que ocupa a modesta décima colocação. Essa foi apenas a segunda derrota do time da região da Basilicata no campeonato.

Quem faz ótima campanha também é o Catania. O clube da Sicilia perdeu apenas o segundo jogo na temporada no último domingo (20/11), para o Virtus Francavilla. Porém, antes, vinha de uma sequência de oito rodadas de invencibilidade. Apesar do ótimo desempenho, os etnei ocupam a 11ª colocação com 15 pontos. Vale lembrar que os catanesi perderam sete pontos no tribunal por irregularidades financeiras. Mesmo assim, ainda briga pelos playoffs. Um ponto abaixo aparece o Messina, que disputou a Serie A entre 2005 e 2008. A outra equipe da ilha da Sicilia decretou falência em 2014 e, desde então, vem encontrando dificuldade para retornar às primeiras divisões.

Fechando o grupo de tradicionais, dois clubes da Calábria vivem situações complicadas. Depois de participar de nove edições da Serie A entre 1999 e 2009, a Reggina viveu maus momentos nos últimos anos, brigando para não ser rebaixado à Serie D. Em 2015 veio a gota d'água: com sérios problemas financeiros, a tradicional equipe de Reggio Calabria faliu em 2015 e retornou à Lega Pro nesta temporada. Ainda tentando se reestruturar, os reggini somam apenas 12 pontos e brigam contra o rebaixamento. Pior ainda é o momento do Catanzaro, habitué da Serie A entre os anos 1970 e 1980, chegando a histórica sétima colocação na temporada 1981/82. A Águia do Sul nunca mais foi a mesma desde então e milita nas divisões inferiores. Em 2013/14 fez uma ótima campanha na Lega Pro e acabou perdendo o acesso nos playoffs. Dessa vez, com apenas nove pontos, o time da capital da Calábria ocupa a última colocação do grupo, com nove pontos, e terá muito trabalho para evitar a queda.

Confira a classificação atualizada da Lega Pro aqui.
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quinta-feira, 12 de maio de 2016

SERIE B: GUIA DO FIM DA TEMPORADA

Cagliari foi o segundo time a conquistar o acesso à Serie A (Fotos: LaPresse)
A 40ª rodada da Serie B, disputada no último final de semana, foi decisiva e definitiva, principalmente na parte de cima da tabela. O Cagliari atropelou o Bari fora de casa por 3 a 0 e assegurou o retorno à Serie A depois de ser rebaixado na temporada passada. Além dos sardos, o Crotone já havia garantido o acesso inédito no último dia 29 de abril. Agora, a briga pelo terceiro e último lugar na elite do futebol italiano ficará para os playoffs. Aliás, Pescara e Trapani largaram na frente e também confirmaram a classificação antecipada aos playoffs. Outros cinco times ainda estão na briga por quatro postos no mata-mata decisivo. Já na parte inferior da classificação, nada foi definido, mas o tradicional Livorno se complicou de vez e está com um pé na Terceira Divisão.

O Calcio Alternative preparou um guia especial com as possibilidades de todos os clubes nesta reta final. Também foi elaborado um ranking a partir das posições de cada equipe na tabela para determinar quem tem os confrontos mais difíceis ou menos complicados, na teoria. Quanto melhor colocado o time, menor o número da colocação dele; e, quanto pior colocado o clube, maior o número da posição na tabela. Por exemplo: o Spezia vai enfrentar Como (22º) e Ascoli (15º). (22+15=37). Logo, os spezzini terão uma tabela teoricamente mais fácil do que a da Entella, que encara Avellino (12º) e Crotone (1º). (12+1=13).

TÍTULO

Com chances
1- Crotone: 79 pontos
2- Cagliari: 77 pontos (-2)

Confrontos
Crotone: Trapani (F), Entella (C)
Cagliari: Salernitana (C), Pro Vercelli (F)

Ranking de dificuldade

1- Crotone: 13
2- Cagliari: 33

Considerações
A briga pelo título continua mais viva do que nunca. O Cagliari, enfim, garantiu o retorno à Serie A no último final de semana. O time da Sardenha tem uma tabela teoricamente menos complicada e conseguiu diminuir a desvantagem para o Crotone de quatro para dois pontos. No entanto, os adversários vão tentar se aproveitar da ressaca pela conquista do acesso para tirar uma casquinha do Casteddu. Ainda mais que Salernitana e Pro Vercelli precisam pontuar de qualquer maneira para se livrarem do rebaixamento. Ainda em festa, o Crotone não saiu do 1 a 1 com o ameaçado Latina, em casa, e deixou o Cagliari se aproximar. Agora, os tubarões terão duas paradas duríssimas pela frente para tentar garantir o título inédito da Serie B.


ACESSO DIRETO

Garantidos
1- Crotone: 79 pontos
2- Cagliari: 77 pontos

PLAYOFFS

Garantidos
3- Pescara: 68 pontos
4- Trapani: 67 pontos

Com chances
5- Bari: 65 pontos
6- Spezia: 65 pontos
7- Novara: 62 pontos
8- Cesena: 62 pontos
9- Entella: 61 pontos

Confrontos
Bari: Brescia (F), Trapani (C)*
Spezia: Como (F), Ascoli (C)
Novara: Cesena (F)*, Modena (C)
Cesena: Novara (C)*, Avellino (F)
Entella: Avellino (C), Crotone (F)

Ranking de dificuldade
1- Entella: 13
2- Bari: 15
3- Cesena: 19
4- Novara: 24
5- Spezia: 37

Considerações
Depois do Cagliari, os grandes vencedores da última rodada foram Pescara e Trapani, que garantiram antecipadamente seus lugares nos playoffs. Apontado como um dos favoritos ao acesso desde o início do campeonato, o Pescara mostrou inconstância durante a temporada regular, onde venceu sete partidas seguidas, depois conquistou apenas um ponto em sete rodadas e, por fim, somou 19 dos últimos 21 pontos em jogo. No entanto, a recuperação na reta final leva os golfinhos embalados para a disputa da terceira vaga na Serie A. Destaque para o grande artilheiro da competição, o atacante Gianluca Lapadula, que já marcou 24 gols e deu seis assistências.

Apesar do empate com a desesperada Pro Vercelli, o Trapani se consolidou, ao lado de Crotone e Entella, como mais uma grande surpresa da Segundona. A equipe da ilha da Sicilia está apenas em sua terceira temporada na história na Serie B (e de forma consecutiva), e quer aprontar mais. Comandados pelo caricato Serse Cosmi, que não consegue emplacar mais de uma temporada à frente de um clube desde o Perugia (2000-2004), os trapanesi estão há 14 jogos invictos, com dez triunfos e quatro empates.

Quem se deu bem também foi o Novara, que bateu o Ascoli em casa e voltou à zona de playoffs. A vantagem para a nona colocada Entella é de apenas um ponto e os azzurri terão um confronto direto importantíssimo, fora de casa, na próxima rodada, contra Cesena, que tem os mesmos 32 pontos do Novara. Os piemontesi ainda encaram o Modena, que luta pela permanência na Serie B. No entanto, é difícil de prever qualquer coisa de um time que tem como principal marca a irregularidade. Depois de um início ruim, os novaresi emendaram uma sequência de 11 vitórias, um empate e uma derrota (aproveitamento de 87,1%) entre outubro e dezembro de 2015. Entretanto, as festas de fim de ano não fizeram bem aos azzurri. Entre 27 de dezembro e 31 de janeiro foram disputados quatro jogos com quatro derrotas no período. O atual momento mostra de maneira clara esta irregularidade do Novara, que venceu dois, empatou quatro e perdeu três dos últimos nove jogos. Já o Cesena vem de empate fora de casa com a Ternana e pode assegurar um lugar nos playoffs se vencer o duelo direto contra o Novara. Para isso, os bianconeri têm a favor o ótimo retrospecto como mandante: 47 pontos, com 15 vitórias, dois empates e três derrotas (melhor campanha em casa ao lado do Crotone).

Apesar da derrota maiúscula para o Cagliari no San Nicola por 3 a 0, o Bari tem grandes chances de se classificar antecipadamente aos playoffs. Para isso, basta os galetti fazerem a mesma pontuação da Entella no próximo final de semana. Por falar na Entella, mesmo fora da zona de classificação, o time da cidade de Chiavari depende apenas das próprias forças para chegar aos playoffs. Os biancocelesti possuem um ponto a menos do que Cesena e Novara, que se enfrentam na próxima rodada e irão deixar pontos pelo caminho. Os diavoli neri foram derrotados pelo Vicenza e agora desafiam o Avellino em casa. Aliás, a Entella tem no Estádio Comunale di Chiavari a grande chave para sua campanha surpreendente. O time da Liguria foi derrotado como mandante apenas para Crotone e Cagliari, que disputam o título.

REBAIXAMENTO

Rebaixado direto garantido
22- Como: 30 pontos

Rebaixamento como chances
14- Vicenza: 48 pontos
15- Ascoli: 46 pontos
16- Pro Vercelli: 43 pontos
17- Modena, Salernitana, Latina e Lanciano: 42 pontos
21- Livorno: 38 pontos

Confrontos
Vicenza: Latina (F)*, Perugia (C)
Ascoli: Livorno (C)*, Spezia (F)
Pro Vercelli: Perugia (F), Cagliari (C)
Modena: Pescara (C), Novara (F)
Salernitana: Cagliari (F), Como (C)
Latina: Vicenza (C)*, Pescara (F)
Lanciano: Ternana (C), Livorno (F)*
Livorno: Ascoli (F)*, Lanciano (C)*

Ranking de dificuldade
1- Modena: 10
2- Pro Vercelli: 12
3- Latina: 17
4- Salernitana: 24
5- Vicenza e Ascoli: 27
7- Lanciano: 34
8- Livorno: 35

Considerações
Se na parte de cima da classificação a última rodada foi de definições, na rabeira foi de indefinições. Avellino e Ternana afastaram de vez o fantasma do rebaixamento, mas outras oito equipes chegam na 41ª rodada da Serie B lutando pela permanência na competição. A disputa ganhou um tempero ainda maior depois que a Justiça Esportiva Italiana diminuiu a punição aplicada ao Lanciano pelo não pagamento de taxas obrigatórias de sete para quatro pontos. Dessa forma, agora são quatro times empatados com 42 pontos na 17ª colocação. Os lancianesi têm uma sequência favorável, com a Ternana em férias e o confronto direto com o Livorno, que já poderá estar rebaixado na última rodada. No entanto, os fretani vêm de somente cinco pontos conquistados nos últimos 24 disputados.

No último final de semana, Salernitana e Modena, dois dos times empatados com 42 pontos, se enfrentaram, mas não conseguiram passar do 0 a 0. A equipe de Salerno encara agora o Cagliari, que briga pelo título, mas encerra a participação na Serie B contra o rebaixado Como. Por outro lado, os canarini precisarão suar sangue contra dois adversários que estão na zona de playoffs (Pescara e Novara). Situação tão complicada quanto do Latina, que conseguiu arrancar um ponto do Crotone, mas ainda encara o Vicenza, praticamente livre do rebaixamento, e o embalado Pescara, fora de casa.

Um pouco mais acima, o Ascoli também está próximo de conquistar a salvação, mas precisa abrir o olho. O confronto direto com o Livorno será primordial para as pretensões da equipe. Os bianconeri têm quatro pontos de vantagem para Modena, Salernitana, Latina e Lanciano e podem até garantir matematicamente a permanência neste final de semana, caso faça o mesmo ou maior número de pontos do que os rivais citados anteriormente. No entanto, se derrapar, il pícchio terão o difícil Spezia na última rodada, em La Spezia.

A Pro Vercelli não terá vida fácil também. O tradicional clube sete vezes campeão italiano no início do século passado perdeu apenas um dos últimos nove jogos, mas também venceu somente uma partida neste período. Ao todo, foram sete empates, um triunfo e um revés. O próximo confronto contra o Perugia, em casa, será muito importante, uma vez que a Pro vai pegar o Cagliari na última rodada. No entanto, a situação mais delicada é a do Livorno, que tem um aproveitamento de apenas 17,7% nas últimas 15 rodadas. Neste período, o time granata venceu apenas um jogo, empatou outros cinco e perdeu nove. Os labronici estão a cinco pontos de deixar a zona de rebaixamento, o que se tornou algo bem improvável, mesmo com enfrentamentos contra adversários diretos nesta reta final.

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sexta-feira, 6 de maio de 2016

SERIE A: GUIA DO FINAL DE TEMPORADA

Sassuolo pode fazer história ao se classificar à Europa League; briga também é acirrada na parte de baixo (Fotos: LaPresse)
Faltam apenas duas rodadas para o final da Serie A. Pouca coisa ainda está em jogo, mas a briga promete ser acirrada pela última vaga na Europa League e também contra o rebaixamento. A Juventus já faturou o quinto scudetto seguido, enquanto Napoli e Roma estão garantidos matematicamente na próxima edição da Champions League, da mesma maneira como a Inter de Milão na Europa League. No entanto, Fiorentina, Sassuolo, Milan e Lazio ainda correm atrás da classificação na segunda principal competição do continente europeu. No lado oposto da classificação, o Verona é o único time oficialmente condenado à Segunda Divisão, enquanto Frosinone, Palermo, Carpi, Udinese, Sampdoria e Bologna estão ameaçados pelo fantasma do descenso.

Depois da Serie B, agora o Calcio Alternative preparou um guia especial com as possibilidades de todos os clubes nesta reta final na Serie A. Também foi elaborado um ranking a partir das posições de cada equipe na tabela para determinar quem tem os confrontos mais difíceis ou menos complicados, na teoria. Quanto melhor colocado o time, menor o número da colocação dele; e, quanto pior colocado o clube, maior o número da posição na tabela. Por exemplo: o Palermo vai enfrentar o Fiorentina (5º) e Verona  (20º). (5+20=25). Logo, os sicilianos terão uma tabela teoricamente mais fácil do que a da Sampdoria, que encara o Genoa (12º) e Juventus (1º). (12+1=13).

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EUROPA LEAGUE

Com chances de classificação direta
5- Fiorentina: 60 pontos
6- Sassuolo: 55 pontos (-5)
7- Milan: 54 pontos (-6)

Confrontos
Fiorentina: Palermo (C) e Lazio (F)
Sassuolo: Frosinone (F) e Inter (C)

Ranking de dificuldade
1- Milan: 17
2- Sassuolo: 23
3- Fiorentina: 26

Considerações
O Sassuolo precisa de uma combinação improvável para arrancar a quinta colocação da Fiorentina, mas que é possível pelos atuais momentos das duas equipes. Os neroverdi precisam ganhar os últimos jogos e torcer por duas derrotas da Viola nesta reta final. É difícil, mas dá para o torcedor emiliano sonhar. O sasòl vem de dois triunfos seguidos e vai enfrentar, fora de casa, neste final do semana, o desesperado Frosinone, que briga contra o rebaixamento e deve se lançar ao ataque e permitir espaço para Domenico Berardi e sua turma. Na sequência, o Sassuolo duela contra a Inter de Milão, em casa, e pode chegar embalado e animado contra uma Inter já sem pretensões no campeonato. No entanto, fica o ensinamento do primeiro turno, quando os comandados do técnico Eusebio Di Francesco empataram no Mapei Stadium com o mesmo Frosinone.

Porém, para esse feito histórico do pequeno Sassuolo se tornar realidade, é preciso a "colaboração" da Fiorentina. O time de Florença vem perdendo fôlego na reta final. O treinador português Paulo Sousa ganhou somente um dos últimos dez jogos. Uma marca bastante incômoda para quem despontou no torneio até como postulante ao título. O próximo adversário será o Palermo, que corre atrás da salvação e vem de duas vitórias seguidas, se tornando um rival perigoso, antes do sempre complicado confronto fora de casa com a Lazio.

Nesta história, o Milan tem apenas chances matemáticas. Além de ter de vencer suas partidas e torcer por derrotas de Fiorentina e Sassuolo, os milanistas precisam tirar uma diferença de nove gols no saldo com a Viola, o que é extremamente improvável com tão pouco tempo pela frente.

Com chances da 6ª colocação
6- Sassuolo: 55 pontos
7- Milan: 54 pontos (-1)
8- Lazio: 51 pontos (-4)
9- Chievo: 49 (-6)

Confrontos
Sassuolo: Frosinone (F) e Inter (C)
Milan: Bologna (F) e Roma (C)
Lazio: Carpi (F), Fiorentina (C)
Chievo: Roma (F) e Bologna (C)

Ranking de dificuldade
1- Milan e Chievo: 17
3- Lazio: 22
4- Sassuolo: 23
5- Fiorentina: 26

Considerações
Antes de qualquer análise, a vaga na Europa League do sexto colocado na Serie A só existirá caso o Milan perca para a Juventus na final da Coppa Italia, no dia 21 de maio. Pelo regulamento da competição, o campeão tem direito a uma vaga no torneio internacional. No entanto, caso o campeão já tenha conseguido a classificação via Campeonato Italiano ou possua garantido um lugar na Champions League, automaticamente se abre um a vaga na Europa League para o sexto colocado.

O próprio Milan que está na final da Coppa Italia está diretamente envolvido na briga pelo sexto posto na classificação. Enquanto o Sassuolo vem subindo de produção nas últimas rodadas, como dito anteriormente, os rossoneri estão em queda livre, com apenas uma vitória em nove jogos. Para piorar, antes de duelar com a Roma, que briga pelo vice-título com o Napoli, o Milan terá uma partida menos complicada contra o Bologna. No entanto, as lembranças dos bolognesi para o torcedor milanista não são nada boas. No primeiro turno, em Milão, os felsinei venceram por 1 a 0. O rossoblu ainda precisa do resultado positivo para se livrar de qualquer possibilidade de rebaixamento.

Um pouco mais abaixo, a Lazio observa a briga entre Sassuolo e Milan e corre por fora para tentar beliscar um lugar na Europa. Os biancocelesti precisam fazer o dever de casa contra Carpi e Fiorentina e torcer por pelo menos um tropeço dos adversários. O último triunfo contra a Inter de Milão pode dar um fôlego para a instável equipe comandada por Simone Inzaghi.

Já o Chievo só tem chances matemáticas. O time de Verona precisa que Sassuolo, Milan e Lazio percam seus jogos e ele vença todos, além de tirar um saldo de cinco gols para os neroverdi.

REBAIXAMENTO

Rebaixado garantido
20- Verona: 25 pontos

Chance de rebaixamento
14- Bologna: 41 pontos (+6 pontos)
15- Sampdoria: 40 pontos (+5 pontos)
16- Udinese: 38 pontos (+3 pontos)
17- Carpi 35 pontos (mesma pontuação)
18- Palermo: 35 pontos (mesma pontuação)
19- Frosinone: 31 pontos (-4 pontos)

Confrontos
Bologna: Milan (C) e Chievo (F)
Sampdoria: Genoa (F) e Juventus (C)
Udinese: Atalanta (F) e Carpi (C)*
Carpi: Lazio (C) e Udinese (F)*
Palermo: Fiorentina (F) e Verona (C)
Frosinone: Sassuolo (C) e Napoli (F)

Ranking de dificuldade
1- Frosinone: 8
2- Sampdoria: 13
3- Bologna: 16
4- Carpi: 24
5- Palermo: 25
6- Udinese: 30

Considerações
Bologna e Sampdoria precisam apenas de um empate para poderem se livrar do rebaixamento. No entanto, principalmente a Samp, precisa abrir os olhos, pois possui uma tabela bem complicada. Depois do clássico de muita rivalidade com o Genoa, a Samp enfrenta a campeã Juventus. Mesmo com esta sequência, os rivais dos blucerchiati precisam ter um desempenho muito acima do normal para rebaixar a equipe da cidade de Gênova. Não seria nada fora do normal se a Sampdoria perdesse os dois jogos. Neste caso, a torcida doriana teria de ficar na torcida contra os adversários na luta pela permanência na Serie A. No entanto, qualquer ponto conquistado no dérbi já garante a salvação.

Treinada entre 2010 e 2014 por Francesco Guidolin, a Udinese ficou conhecida por ser um clube com bons olheiros no futebol mundial. Durante este período, os friulani "acharam" jogadores importantes como os zagueiros Mehdi Benatia e Thomas Heurtaux, no Caen (França); o lateral Danilo, no Palmeiras; e os meias Allan (Vasco) e Roberto Pereyra (River Plate), por exemplo. Já na final da "era Guidolin", os bianconeri começaram a cair de produção. Depois de três temporadas seguidas entre os cinco melhores do Campeonato Italiano, a Udinese terminou na 13ª colocação em 2013/14. No entanto, em meio aos gastos com as obras de reforma e ampliação do antigo Estádio Friuli, atual Dacia Arena, iniciadas em 2013, os investimentos no futebol foram naturalmente reduzidos.

O proprietário do clube, Gianpaolo Pozzo, também dono do Granada, da Espanha, e do Watford, da Inglaterra, ainda não conseguiu encontrar um substituto para Guidolin. Na temporada passada, Andrea Stramaccione e Dejan Stankovic passaram pelo banco bianconero. No atual campeonato, a diretoria apostou em Stefano Colantuono, ex-Atalanta, mas não deu certo, mais uma vez. Luigi De Canio tenta salvar o time nas rodadas finais, mas o desempenho recente da Udinese não é nada animador, com um triunfo em cinco jogos e uma goleada de 5 a 1 para o Torino no último final de semana. A equipe de Udine encara a já salva Atalanta fora de casa, que busca uma despedida com vitória diante de seu torcedor, e o duelo direto com o Carpi na última rodada. Qualquer escorregão pode ser fatal para as zebras.

Carpi e Palermo fazem o duelo mais emocionante desta reta final. Os falconi fazem uma temporada até acima do esperado. Cotados para serem rebaixados com sobras no início do campeonato, os carpigiani têm uma campanha de recuperação no segundo turno, onde perderam seis partidas. A título de comparação, os caçulas foram derrotados em 11 jogos no primeiro turno, quase o dobro. Por outro lado, os sicilianos vêm de dois triunfos seguidos contra Frosinone e Sampdoria, dois adversários diretos. O momento é bom para o rosanero, porém, a instabilidade tem sido regra para o time de La Favorita. Como de costume, o presidente Maurizio Zamparini trocou de técnico nove vezes durante a temporada. Assim como o Carpi, o Palermo tem um desafio difícil neste final de semana, contra a Fiorentina, e depois enfrenta o rebaixado e lanterna Verona. Vale lembrar que se carpigiani e palermitani terminarem com a mesma pontuação, o Carpi leva vantagem nos critérios de desempate.

Mais abaixo, o Frosinone tem uma tarefa muito difícil para escapar do rebaixamento. Além de estar a quatro pontos de Carpi e Palermo, os canarini têm a tabela mais complicada entre todos, com Sassuolo e Napoli. Mesmo se cair, os frusinati podem ficar orgulhosos da campanha honrada. O clube estava há duas temporadas na Terceira Divisão. Independente dos resultados, alguns jogadores do Frosinone devem ganhar chances em equipes maiores, como os atacantes Daniel Ciofani e Federico Dionisi, que já marcaram nove gols no Campeonato Italiano. Outro que merece uma oportunidade em outro clube é o técnico Roberto Stellone, há sete anos no comando do time.





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quarta-feira, 4 de maio de 2016

BENEVENTO, CITTADELLA E SPAL GARANTEM ACESSO À SÉRIE B

Após vitória contra o Lecce, torcedores do Benevento invadiram o estádio para comemorar o acesso. Foto: Ilquaderno.it
Com uma rodada para o final da temporada regular, a Lega Pro já conhece as três primeiras equipes que vão disputar a Serie B em 2016/17. O Benevento bateu o rival direto Lecce no último sábado (30/04) e se juntou à SPAL e Cittadella, que já haviam garantido o acesso anteriormente. Com histórias bem diferentes, os três clubes ainda ganharão a companhia de uma quarta equipe da Terceira Divisão na próxima edição da Segundona, que será conhecido após os playoffs.

Antes de mais nada, é importante entender como funciona a Lega Pro. Ao todo, são 54 clubes divididos geograficamente em três grupos com 18 times: Grupo A, do norte; Grupo B, do centro; e grupo C, do sul. O primeiro colocado de cada grupo garante o acesso direto à Serie B, enquanto os segundos, terceiros e dois melhores quartos colocados disputam os playoffs pela quarta vaga na Segunda Divisão. Na parte de baixo, o sistema é mais simples: o último colocado de cada grupo é rebaixado diretamente à Serie D, enquanto os 14º, 15º, 16º e 17º disputam um playout. Quem perder, estará também na Quarta Divisão.


GRUPO A - CITTADELLA


Fundada em 1973 pelo empresário do ramo siderúrgico, Angelo Gabrielle, o Cittadella tem uma história recente no futebol italiano. Depois de anos nas divisões amadoras, o clube da região de Padova chegou à Serie B pela primeira vez apenas em 2000/01. Após duas temporadas, a equipe granata foi rebaixada e passou seis anos na antiga Serie C, antes de retornar em 2008/09 e se tornou um habitué da Segundona. Foram sete temporadas seguidas no segundo nível do futebol italiano como um mero coadjuvante. Com a exceção da surpreendente sexta colocação em 2009/10, quando foi eliminado pelo Brescia nos playoffs, o Citta não passou da 14ª posição neste período. Temporada após temporada, a salvação sempre foi comemorada como um título pelos cittadellesi. Tanto que a família Gabrielle manteve no cargo por 10 anos, entre 2005 e 2015, o técnico Claudio Foscarini, ex-jogador de Atalanta e Piacenza. No entanto, Foscarini não foi capaz de evitar o inevitável rebaixamento em 2014/15.

Parecia o fim para uma modesta equipe de uma pequena cidade de 20 mil habitantes que já havia feito bastante em pouco tempo. No entanto, o Cittadella conseguiu se reerguer e fez uma temporada brilhante que anima o torcedor para o retorno à Serie B. A goleada recorde de 15 a 0 sobre o Potenza no primeiro turno da Coppa Italia foi apenas um presságio do que viria pela frente. Com 73 pontos até aqui, o clube do Veneto tem a melhor campanha entre todos os grupos. São 22 vitórias, sete empates, quatro derrotas e um aproveitamento incrível de 77,1% fora de casa, com apenas um revés como visitante. Além disso, os comandados do técnico Roberto Venturato também quebraram o recorde de triunfos seguidos na Lega Pro, com 11 vitórias em sequência, entre os dias 17 de janeiro e 24 de março. Destaque para o atacante Gianluca Litteri, emprestado pelo Latina, que fez 14 gols e ainda briga pela artilharia do grupo.

Confira os melhores momentos de Cittadella 3x1 Pordenone, no dia 18 de abril, que garantiu o Cittadella na Serie B:



PLAYOFFS

Classificados
2- Podenone: 62 pontos
3- Bassano Virtus: 61 pontos.

REBAIXAMENTO

Rebaixado
18- Pro Patria: 7 pontos

No playout
15- Cuneo: 34 pontos
16- Mantova: 33 pontos
17- Albinoleffe: 19 pontos

Chances de playout
12- Lumezzane: 41 pontos
13- Renate: 40 pontos
14- Pro Piacenza: 38 pontos

Última rodada
Pro Piacenza x Lumezzane
Renate x Pro Patria

GRUPO B - SPAL


Você já ouviu falar da Società Polisportiva Ars et Labor? Se você tem menos de 60 anos ou não pesquisa sobre futebol italiano, provavelmente não. Popularmente conhecida como SPAL, o clube da importante cidade de Ferrara, na Emilia Romagna, tem 109 anos de história e participou com frequência da Serie A entre os anos 1950 e 1960. Os spallini chegaram até à histórica quinta colocação no Campeonato Italiano de 1959/60. A equipe emiliana chegou à beira do colapso total, chegando a disputar até a antiga Serie C2, correspondente à quarta divisão. Até que em 2005 foi decretada a falência pela primeira vez. Os anos seguintes pareciam promissores. O SPAL conseguiu o acesso à Terceira Divisão, mas foi novamente rebaixado depois de sete anos e decretou nova falência.

O ex-jogador do clube Roberto Ranzani adquiriu 5% das ações dos spallini e assumiu como presidente, mas morreu em 2013, aos 73 anos. Desde então, entrou em cena a figura de Walter Mattioli, então dono da pequena Giacomense, time do distrito de Masi San Giacomo, na cidade de Masi Torello, com apenas 2 mil habitantes, próximo a Ferrara. Mattioli comprou a SPAL, que estava na Serie D, e transferiu para o novo clube a licença da Serie C2, a comissão técnica e todos os jogadores da Giacomense. Os biancoazzurri bateram na trave nos últimos anos, com boas campanhas. Os ferraresi se superaram nesta temporada, onde dominaram o Grupo B quase que do início ao fim. Das 34 rodadas, os emiliani estiveram na liderança em 30. Com a conquista, o SPAL retorna ao segundo palco mais importante do futebol italiano depois de 23 anos. Festa da cidade de Ferrara, que poderá relembrar bem de perto o título mais importante do clube, a Serie B de 1950/51.

Confira os melhores momentos de SPAL 1x1 Arezzo, no dia 23 de abril, que garantiu o SPAL na Serie B:


PLAYOFFS

Classificados
2- Pisa: 62 pontos
3- Maceratese: 58 pontos

REBAIXAMENTO

Rebaixado
18 - Savona: 22 pontos

No playout
16 - L'Aquila: 30 pontos
17 - Lupa Roma: 27 pontos

Chances de playout
11- Tuttocuoio: 37 pontos
12- Santarcangelo: 36 pontos
13- Pistoiese: 36 pontos
14- Rimini: 35 pontos
15- Prato: 34 pontos

Última rodada
Prato x Savoia
Rimini x Arezzo
Pistoiese x Pisa
Maceratese x Santarcangelo
SPAL x Tuttocuoio

GRUPO C - BENEVENTO


A região da Campania tem como capital a cidade de Nápoles e, além da culinária e da beleza das praias, é conhecida pelo caloroso e receptivo povo do sul da Itália. Esse calor também se transfere para as arquibancadas campanos. Além do Napoli, a região é berço, entre outras, de equipes como Avellino, Salernitana, Casertana, Juve Stabia, Nocerina e Benevento, que costumam fazer dérbis para lá de quente fora e dentro dos gramados. E neste último final de semana o futebol da Campania ganhou mais um capítulo histórico. O Benevento garantiu o acesso e vai jogar a Serie B pela primeira vez na história. Mais do que isso: os giallorossi corrigiram em campo uma grande falha fora das quatro linhas que ficou marcada por exatos 70 anos.

Fundado em 1929, o torcedor do Benevento sempre conviveu com péssimas administrações que levaram o clube a falir três vezes, como é, infelizmente, comum no sul. O time que tem como mascote uma bruxinha, havia feito a melhor campanha de sua história na temporada 1945-46, quando foi o campeão do grupo C da Terceira Divisão e conquistou a inédita vaga na Serie B. No entanto, por causa de problemas financeiros, os stregoni tiveram de renunciar à Segundona. Sete anos depois, em 1953, o clube decretou falência pela primeira vez e precisou recomeçar das competições amadoras regionais, algo como a sexta divisão nacional. Desde 1946, os beneventani nunca haviam conseguido chegar a Serie B novamente. 

O técnico Gaetano Auteri, que levou o Matera aos playoffs na última temporada, apostou no conjunto e, apesar de um início cambaleante, fez o Benevento crescer de produção a partir da segunda metade do campeonato. Tanto que a equipe tem a chance de encerrar a participação na Lega Pro com 18 partidas de invencibilidade. Para isso, precisa vencer o Akragas na última rodada, que já não briga por mais nada. A campanha espetacular dos sannitti fica ainda mais evidente quando se analisa os números do time: 20 vitórias, dez empates e somente três derrotas. O Bene ainda encerrou a participação em casa invicto, com 13 triunfos e quatro igualdades, um aproveitamento de 84,3%. Para se ter noção de como Gauteri conseguiu dar corpo à equipe inteira, o artilheiro do Grupo C é Pietro Iemmello, do Foggia, com 12 gols. Enquanto isso, os maiores goleadores do Benevento são Alessandro Marotta e Fabio Mazzeo, com nove gols; e Karamoko Cissé, com oito gols.

Confira os melhores momentos de Benevento 3x0 Lecce, no último dia 30 de abril, que garantiu o Benevento na Serie B:


PLAYOFFS

Com chances
2- Foggia: 62 pontos
3- Lecce: 60 pontos
4- Casertana: 60 pontos

Última rodada
Juve Stabia x Foggia
Lecce x Castelli Romani
Casertana x Paganese

REBAIXAMENTO

Rebaixado
18- Castelli Romani: 12 pontos

No playout
15- Melfi: 30 pontos
16- Ischia: 21 pontos
17- Martina Franca: 21 pontos

Chances de playout
12- Monopoli: 38 pontos
13- Catanzaro: 38 pontos
14- Catania: 36 pontos

Última rodada
Catania x Andria
Catanzaro x Melfi
Matera x Monopoli


Fotos 2 e 3: Il Gazzettino
Fotos 3 e 4: Divulgação/Spal
Fotos: 5 e 6: Il Quaderno
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