Relembrar o passado é um exercício que valoriza a história. Então, o Calcio Alternative estreia uma nova coluna para, de uma forma diferente, lembrar quem fez e faz a história do futebol italiano. Com ajuda dos conhecidos álbuns de figurinhas, traremos um pouco mais sobre jogadores, ex-jogadores e treinadores que atuam ou atuaram na Itália. Essa é a nova coluna Figurinha.
Corini desembarcou em Turim em 1990, com 20 anos e o rótulo de grande promessa, como um grande cobrador de faltas e pênaltis, mas não foi uma temporada fácil. A Itália tinha acabado de perder a Copa do Mundo em casa e a Juve estava longe dos tempos vencedores. Em duas temporadas, o jogador ganhou várias oportunidades com os técnicos Luigi Maifredi e Giovanni Trapattoni, principalmente como suplente de Roberto Baggio, mas não coseguiu explodir. Mesmo assim, conquistou o título do Campeonato Europeu Sub-21 com a Seleção Italiana em 1992 e esteve na Squadra Azzurra que disputou os Jogos Olímpicos do mesmo ano, em Barcelona. Porém, a partir de então, a eterna promessa começou a carreira de peregrino. Em 1991/1992, Eugenio Corini se transferiu para a Sampdoria, onde entrou em campo em 24 jogos e marcou quatro gols. Na temporada seguinte, acertou um empréstimo ao Napoli, onde não teve tantas oportunidades em menos de um campeonato e meio.
Depois de 136 partidas, 27 gols e de entrar na história do Chievo, Corini foi para a Ilha da Sicilia, onde defendeu o Palermo por quatro temporadas, entre 2003 e 2007. O roteiro foi mais ou menos parecido. Com a camisa rosa, o jogador tirou as águias da Serie B e levou o clube siciliano à Copa Uefa no primeiro ano após o retorno. Até hoje o jogador é lembrado como um dos ídolos do time rosanero.
O jogador ainda atuou por duas temporadas no Torino antes de encerrar oficialmente a carreira em 2009. A partir de então, Corini estudou para ser treinador e assumiu o comando técnico do pequeno Portogruaro, em 2010, então recém promovido à Serie B. Porém, não obteve sucesso, assim com nas duas seguintes equipes, o Crotone e o Frosinone.
No entanto, o melhor momento de Corini como técnico começou em outubro de 2012, quando recebeu o convite para assumir o Chievo depois da demissão de Domenico Di Carlo. Ele conseguiu o objetivo de alcançar a salvação na Serie A com uma rodada de antecedência, mas optou por não renovar o contrato. Porém, o treinador retornou ao ex-clube em novembro de 2013 com a saída de Giuseppe Sannino. Novamente, Corini manteve o time de Verona na Serie A e renovou o contrato por três anos ao final do campeonato. Só que o bresciano foi demitido do cargo após uma derrota por 3 a 0 para a Roma em outubro de 2014.
ESTATÍSTICAS
1987-1990: Brescia (Serie B) - Jogos: 77 Gols: 9
- 1987-88: 8º colocado
- 1988-89: 16º colocado
- 1989-90: 10º colocado
1990-1992: Juventus (Serie A) - Jogos: 47 Gols: 2
- 1990-91: 7º colocado
- 1991-92: 2º colocado
1992-1993: Sampdoria (Serie A) - Jogos: 24 Gols: 4
- 1992-93: 7º colocado
1993-1994: Napoli (Serie A) - Jogos: 17 Gols: 0
- 1993-94: 6º colocado
1994-1995: Brescia (Serie A): - Jogos: 24 Gols: 2
- 1994-95: 18º colocado
1995-1996: Piacenza (Serie A): - Jogos: 32 Gols: 1
- 1995-96: 14º colocado
1996-1998: Hellas Verona (Serie A e Serie B) - Jogos: 46 Gols: 4
- 1996-97 (Serie A): 17º colocado
- 1997-98 (Serie B): 7º colocado
1998-2003: Chievo Verona (Serie A e Serie B) - Jogos: 134 Gols: 27
- 1998-99 (Serie B): 11º colocado
- 1999-00 (Serie B): 15º colocado
- 2000-01 (Serie B): 3º colocado
- 2001-02 (Serie A): 5º colocado
- 2002-03 (Serie A): 7º colocado
2003-2007: Palermo (Serie A e Serie B) - Jogos: 129 Gols: 25
- 2003-04 (Serie B): 1º colocado
- 2004-05 (Serie A): 6º colocado
- 2005-06 (Serie A): 5º colocado
- 2006-07 (Serie A): 5º colocado
2007-2009: Torino (Serie A) - Jogos: 44 Gols: 1
- 2007-08: 15º colocado
- 2008-09: 18º colocado