domingo, 31 de março de 2013

CA TV: gols e estatísticas 30ª rodada (Serie A)

Torino 3-5 Napoli. Foto: montagem Calcio Alternative/News Info Photo
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sexta-feira, 29 de março de 2013

Giocatori: Alessio Tacchinardi

por Maikson Fernandez

Alessio Tacchinardi com a camisa do Brescia. Foto: reprodução
Poucos jogadores têm uma carreira tão vitoriosa quanto Alessio Tacchinardi. Revelado profissionalmente pela Atalanta, em 1992, o então jovem atleta de Crema, na região da Lombardia, estava em um time com, entre outros, Domenico Morfeo e Capellini. O primeiro por Milan, Fiorentina e Inter de Milão, até seus últimos anos como profissional no Parma e, posteriormente, encerrando a carreira na Cremonese. Já o segundo jogou os últimos nove anos de sua carreira no Empoli. 

Pela Atalanta, clube onde sua carreira teve início, Tacchinardi jogou apenas nove partidas e não marcou nenhum gol, entre 1992 e 1994. Foi contratado pela Juventus e chegou no clube onde seria campeão diversas vezes. Aliás, dos 15 títulos que Tacchinardi conquistou na carreira, apenas um não foi pela Juventus (Eurocopa sub-21 1996, pela seleção italiana de base). 

Em 1994, quando chegou ao Piemonte, encontrou em Turim grandes jogadores: Del Piero, Baggio, Deschamps, Antonio Conte, Gianluca Vialli, Jürgen Kohler, entre outros. O volante ambidestro vestiu a camisa bianconera por 11 temporadas, conquistando cinco Campeonatos Italianos, uma Coppa Italia, cinco supercopas nacionais, uma Liga dos Campeões, uma Supercopa Européia, um Mundial Interclubes e uma Copa Intertoto. Foram 261 partidas de Tacchinardi pela Vecchia Signora e nove gols marcados em 11 anos. O atleta de 1,87 metros de altura ficou conhecido pelo chute forte e pela categoria típica de um jogador ambidestro. 

No o final da carreira, Alessio Tacchinardi transferiu-se ao Villarreal, da Espanha, após de sair da Juventus, em 2005. Foram duas temporadas na Espanha, aonde Tacchinardi conseguiu chegar às semifinais da Liga dos Campeões com o submarino amarelo, eliminado no estádio El Madrigal pelo Arsenal, da Inglaterra. Voltou para a Itália em 2007, desta vez, curiosamente, para o rival daquela equipe que lá atrás, em 1992, o elevou à categoria de profissional, pendurando as chuteiras no Brescia. 

Tacchinardi chegou ao Brescia com 31 anos de idade, quase 32, e ali foram duas temporadas em busca de levar a equipe rondinelle à primeira divisão. Em 2007/08 o time da Lombardia quase conseguiu o acesso, após um quinto lugar na fase de pontos corridos. Os bresciani foram para os play-offs, venceram o primeiro jogo contra a AlbinoLeffe, por 1 a 0, e perderam o segundo, por 2 a 1. Como haviam feito uma campanha pior, foram eliminados. Naquela ocasião, conseguiu o acesso foi o Lecce, batendo Pisa e AlbinoLeffe nos playoffs. Na temporada seguinte, a última de Tacchinardi como profissional, o não acesso do Brescia foi ainda mais doloroso. A equipe terminou a fase de pontos corridos na quarta colocação, nas semifinais dos playoffs passou pelo Empoli, com um empate em 1 a 1 fora de casa e uma vitória por 3 a 0 diante de seu torcedor. Na final era a vez de enfrentar o Livorno. Após um empate em 2 a 2 dentro do seu estádio, a derrota para a equipe granata, no Armando Picci, por 3 a 0 acabou com as chances de Tacchinardi encerrar a carreira conduzindo o Brescia a Série A. 

Alessio Tacchinardi começou a atuar profissionalmente na Atalanta de Bérgamo, cidade ao norte da Itália e terminou no Brescia, clube da cidade de mesmo nome, vizinha a Bérgamo. As duas cidades ficam distantes a aproximadamente 54 km e os clubes são rivais de longa data. A carreira de um jogador tão vitorioso pode influenciar numa rivalidade assim como os torcedores da Atalanta devem ter ficado assustados ao descobrir que aquele jovem atleta que se tornou um jogador renomado nunca mais voltou a Bérgamo. E pior, foi jogar no principal rival. Por fim, o duplo fracasso de Tacchinardi em levar o Brescia a primeira divisão pode ter deixado os torcedores da Atalanta, se não felizes, pelo menos um pouco mais contentes, afinal isso é a rivalidade.
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CA TV: gols 34ª rodada (Serie B)

Cittadella 2-6 Novara. Foto: montagem - Calcio Alternative/La Presse

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segunda-feira, 25 de março de 2013

CA TV: gols 33ª rodada (Serie B)

Brescia 2-2 Cittadella. Foto: montagem Calcio Alternative/La Presse

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terça-feira, 19 de março de 2013

CA TV: gols 29ª rodada (Serie A)

Catania 3-1 Udinese. Foto: Reprodução
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CA TV: gols 31ª rodada (Serie B)

Empoli 2-2 Virtus Lanciano. Foto: Montagem Calcio Alternative/La Presse
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sexta-feira, 1 de março de 2013

Geografia do Calcio: Bolzano

Vista panorâmica de Bolzano, com estádio Druso à frente. Foto: Reprodução
Com uma população de 105.774 pessoas, Bolzano (Bolzen, em alemão) é a segunda principal cidade da região de Trentino-Alto Adige, no norte da Itália. O local possui um histórico perturbado de pertencimento a diversos reinos e países, favorecendo o surgimento de um grupo armado e extremista, no século XX. Localizada nos Alpes, acima da confluência do rio Talvera com o Isarco, Bolzano está em uma altitude de 262 metros acima do nível do mar, rodeada de altas montanhas que influenciam bastante em seu clima continental. Durante o inverno, as temperaturas costumam ser negativas, enquanto no verão podem ultrapassar os 35º C. O terreno montanhoso a sua volta protege a cidade de ventos mais frios durante o período mais gelado.

Achados arqueológicos sugerem que os primeiros humanos à habitarem o território que hoje pertence a comuna de Bolzano, durante a pré-história, estabeleceram-se nas montanhas circundantes a colina de Castelfeder, a sul da cidade. A partir do século 15 a.C., a região foi dominada pelo Império Romano. Com a queda dos romanos, o território passou a ser alvo de disputa e invasões de diversos reinos. Drusos, lombardos, tiroleses e austríacos controlaram a localidade antes das invasões napoleônicas. Em 1805, Bolzano passou a pertencer ao Reino da Baviera e, em 1810, ao Reino da Itália. Com a queda de Napoleão, as tropas da Áustria expulsaram os franco-bávaros e, através do Congresso de Viena, em 1815, retomou o controle da área. Em 1867 surgiu o Império Austro-Húngaro, com a união de Franz Joseph von Habsburg, imperador austríaco, e a imperatriz da Hungria, Elisabeth.

O Tirol, aonde situa-se Bolzano, é uma região dividida atualmente na parte austríaca e a italiana, a qual denomina-se Sudtirol (Tirol do Sul). Por sua vez, o Sudtirol é repartido em mais duas porções: Trentino e Alto Adige, com Bolzano sendo a principal província da segunda porção. Durante o processo de unificação da Itália, no século XIX, Giuseppe Garibaldi, grande percursor da união itálica, tentou anexar o então pedaço italiano do Tirol (a região trentina), porém não obteve sucesso.

Centro de Bolzano (Foto: Bolzano-Bozen.it)
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, a Itália retoma, como parte do Tratado de Saint Germain, o sul do Tirol com a promessa de dar uma maior autonomia regional, o que não aconteceu, e acabou por aumentar a resistência da população local à Roma. Com a implantação do regime fascista de Benito Mussolini e a aliança com o nazismo, Bolzano, juntamente com as províncias vizinhas de Trento e Belluno, foram anexadas à Alemanha de Hitler como "Zona de Operação dos Alpes". Ao término do segundo conflito bélico mundial, a cidade voltou ao comando italiano.

Em 1946, foi feito um acordo para a proteção da minoria de língua alemã. Em 1948 foi elaborado o estatuto que criou a região autônoma de Trentino-Alto Adige. Entretanto, a partir de meados dos anos de 1950, com o aumento da imigração de italianos e um esquecimento do governo local das questões da minoria, as tensões entre descendentes de alemães e italianos cresceu. Esta série de acontecimentos culminou com uma onda terrorista do "BAS – Befreiungsausschuss Südtirol" (Comité pela liberação do Tirol do Sul), em 1961, querendo a reunificação do Sudtirol à Áustria. Na primeira fase, os atentados foram direcionados a edifícios públicos, fábricas, torres de energia e monumentos fascistas, enquanto na segunda, os alvos foram policiais. No total, 21 pessoas morreram, sendo 15 agentes da segurança italianos, quatro terroristas e um civil, além de 57 feridos.

Montanhas em volta de Bolzano (Foto: EMS/Peer)
Os alvos da primeira parte dos ataques foram escolhidos estrategicamente. As torres de energia alimentam as industrias que foram implantadas no período fascista para atrair imigrantes de outras partes da Itália, forçando o desenvolvimento de Bolzano, só que dando menos oportunidades e discriminando a minoria germânica. Um grande número de policiais e soldados foi enviado à região. A força tarefa montada foi acusada de matar dois jovens de origem alemã, além de maus tratos a detidos. Um total de dez policiais foram presos, levados a julgamento e absolvidos. A ação da justiça italiana gerou grande indignação do BAS, levando a segunda parte dos atentados, tendo policias como alvo.

Em 1972 foi anunciado e aprovado um novo estatuto de autonomia da região de Trentino-Alto Adige, levando os poderes administrativos e legislativo para Bolzano e Trento. Em 1992 teve fim, oficialmente, qualquer disputa entre Itália e Áustria pelo Alto Adige e a localidade vive em paz desde então.

Arquitetura alemã em Bolzano (Foto: Bolzano-Bozen.it)
A economia de Bolzano baseia-se no turismo e na rede hoteleira, mas também possui indústrias de madeira (papel e móveis), aço e lã, além do cultivo da terra como base. É uma cidade rica, com altos valores de geração de renda e boa qualidade de vida.

No campo cultural, as origens alemãs estão muito presente no cotidiano dos cidadãos de Bolzano. Além da língua estrangeira falada por 25,5% da população, há também uma outra minoria, de 0,7% que falam o ladim, idioma nativo da região. Nas escolas onde se concentram essas porções da população, é ensinado, além do italiano, o alemão ou o ladim. A influência da Alemanha também pode ser notada na arquitetura histórica com construções de arquitetura típica.

Veja mais sobre Bolzano no vídeo a seguir:




FICHA DA CIDADE

Cidade: Bolzano

Região: Trentino-Alto Adige

Província: Bolzano

População: 105.774 habitantes

Site oficial: http://www.comune.bolzano.it/

Distância a Roma: ~641 km



TIME DA CIDADE

O Fußballclub Südtirol Srl é uma jovem e pequena equipe da cidade de Bolzano que milita nas divisões inferiores do futebol italiano. Em 1974, foi fundado o SV Milland, no distrito de Bressanone, o qual sempre atuou nas ligas amadoras. 

Com intuito de criar um clube de futebol profissional no Sudtirol, um grupo de empresários de origem alemã tentaram adquirir o AC Bolzano (hoje FC Bolzano 1996). Essa é uma das esquadras mais tradicionais da região, fundada em 1931, com participações na Serie C (a última em 1980) e uma quase promoção à Serie B em 1947, quando ficou a um ponto da Pro Patria, que conquistou o acesso. Porém, a investida foi mal sucedida e os empresários compraram as ações do SV Milland em 1996, mudando o nome para FC Sudtirol, como uma forma de abranger toda a região. 

Logo na temporada 2000-2001, o FC Sudtirol conquistou seu primeiro acesso para o futebol profissional, na então Serie C2. Desde então, nunca voltou as ligas amadoras, pelo contrário, esteve sempre próximo de subir ainda mais um degrau em sua história. Nas cinco temporadas seguintes, esteve nos playoffs de acesso em quatro, mas sempre bateu na trave. Finalmente, em 2009-2010, o FC Sudtirol espantou seus fantasmas, conquistou o primeiro lugar em seu grupo e uma inédita vaga na Terceira Divisão.

Desde então, o FC Sudtirol luta por um lugar histórico na Serie B. Em seu primeiro ano na Terceirona, os biancorossi caíram no campo, sendo derrotados nos playouts. Porém, com o pedido de falência de duas equipes de seu grupo, continuou na Lega Pro 1 e, atualmente, briga na parte de cima da tabela.

FICHA TÉCNICA

Nome: Fußballclub Südtirol Srl

Fundação: 1974

Alcunhas: biancorossi e tirolesi

Principais rivalidades: não tem

Presidente: Walter Baumgartner

Estádio: Druso (3.500 lugares)

Títulos: Lega Pro 2 (2009/2010), Serie D (1999/2000), Eccellenza (1996/1997), Promozione (1995/1996), Prima Categoria (1990/1991) e Seconda Categoria (1985/1986)

Site oficial: http://www.fc-suedtirol.com/

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