Fabrizio Pugliese
Muitos hão de dizer que o time italiano mais notável da década de 80 foi a Juventus de Platini, Inter de Rummenigge, Milan de Baresi, Udinese de Zico, Fiorentina de Sócrates e Antognoni, talvez a Roma de Falcão, ou quiçá o Napoli de Maradona. A priori uma coisa a ser destacada dentre estes esquadrões: o investimento no elenco. Com planteis estelares, os grandes da Serie A se digladiavam, um simpático clube de Verona vinha silenciosamente galgando o seu espaço no hall dos campeões italianos.
Em 1985, alguns dos brilhantes nomes que contribuíram para esta glória veronesa são Briegel, líbero e lenda alemã, Elkjaer e Galderisi, uma dupla dinâmica no ataque, Fanna, Di Gennaro e Sacchetti como ases do meio campo além de Tricella, Ferroni e Volpati para a retaguarda, tão intransponível quanto o fantástico Briegel.
Era um time combalido, valente, decidido e bem treinado por Osvaldo Bagnoli, surpresa também no banco de reservas. Bagnoli, diga-se de passagem, foi até contratado pela Inter em 1989, após longa carreira no comando de equipes de menor expressão. Importante notar o grande trabalho de bastidor por parte do técnico, que conseguiu o feito de levantar a Serie A apenas dois anos depois de um acesso. Com peças suficientes para conseguir uma classificação média na mão de qualquer outro colega de profissão, Osvaldo tirou não só leite da pedra gialloblù, mas sim suco de laranja, caipirinha e qualquer outra bebida deliciosa que você possa imaginar. Foram apenas 17 atletas usados em toda a campanha.
Naquela temporada em especial, o scudetto veio sem grandes dificuldades, de ponta a ponta, com apenas duas derrotas e muitos empates. Não podemos chamar um time desses de irregular, jamais. Tudo se resume a um ótimo planejamento e a sabedoria de um grupo de atletas que sentiam que poderiam conquistar algo maior.
Foram 43 pontos, 15 vitórias, 13 empates e duas derrotas, bem menos que as cinco da vice campeã Juventus, batida por quatro pontos. A peculiaridade vem no número de gols marcados: 42. Ao lado da Inter e atrás de Udinese (43) e Juventus (48), o setor comandado pelo danês Elkjaer foi deveras imponente e integrante do Top Five dos melhores da temporada. Todavia, o que chamava mais a atenção nos Mastini era justamente a defesa. Briegel e Tricella estiveram impecáveis para uma caminhada de apenas 19 tentos concedidos, com média de 1,57 por jogo.
Finalista em duas edições anteriores da Coppa Italia, este Verona não se abateu com os insucessos e chegou forte para a Serie A seguinte, querendo superar a própria façanha. Somando vitórias contra Fiorentina (2-1 em casa e 3-1 fora), Juventus (2-0 em casa), Napoli (3-1 em casa, na estreia de Maradona), e Roma (1-0 em casa).
Este triunfo de 1985 continua sendo o único título da simpática agremiação veronesa, que tenta a todo custo se reerguer de anos inglórios em divisões inferiores na Itália. Atualmente na quinta colocação da Serie B, é de se esperar que este ano os gialloblù retomem sua trajetória na elite e quem sabe reescrever novos tempos. O clássico contra o Chievo é só o primeiro dos objetivos a serem traçados.
Muitos hão de dizer que o time italiano mais notável da década de 80 foi a Juventus de Platini, Inter de Rummenigge, Milan de Baresi, Udinese de Zico, Fiorentina de Sócrates e Antognoni, talvez a Roma de Falcão, ou quiçá o Napoli de Maradona. A priori uma coisa a ser destacada dentre estes esquadrões: o investimento no elenco. Com planteis estelares, os grandes da Serie A se digladiavam, um simpático clube de Verona vinha silenciosamente galgando o seu espaço no hall dos campeões italianos.
Em 1985, alguns dos brilhantes nomes que contribuíram para esta glória veronesa são Briegel, líbero e lenda alemã, Elkjaer e Galderisi, uma dupla dinâmica no ataque, Fanna, Di Gennaro e Sacchetti como ases do meio campo além de Tricella, Ferroni e Volpati para a retaguarda, tão intransponível quanto o fantástico Briegel.
Era um time combalido, valente, decidido e bem treinado por Osvaldo Bagnoli, surpresa também no banco de reservas. Bagnoli, diga-se de passagem, foi até contratado pela Inter em 1989, após longa carreira no comando de equipes de menor expressão. Importante notar o grande trabalho de bastidor por parte do técnico, que conseguiu o feito de levantar a Serie A apenas dois anos depois de um acesso. Com peças suficientes para conseguir uma classificação média na mão de qualquer outro colega de profissão, Osvaldo tirou não só leite da pedra gialloblù, mas sim suco de laranja, caipirinha e qualquer outra bebida deliciosa que você possa imaginar. Foram apenas 17 atletas usados em toda a campanha.
Naquela temporada em especial, o scudetto veio sem grandes dificuldades, de ponta a ponta, com apenas duas derrotas e muitos empates. Não podemos chamar um time desses de irregular, jamais. Tudo se resume a um ótimo planejamento e a sabedoria de um grupo de atletas que sentiam que poderiam conquistar algo maior.
Foram 43 pontos, 15 vitórias, 13 empates e duas derrotas, bem menos que as cinco da vice campeã Juventus, batida por quatro pontos. A peculiaridade vem no número de gols marcados: 42. Ao lado da Inter e atrás de Udinese (43) e Juventus (48), o setor comandado pelo danês Elkjaer foi deveras imponente e integrante do Top Five dos melhores da temporada. Todavia, o que chamava mais a atenção nos Mastini era justamente a defesa. Briegel e Tricella estiveram impecáveis para uma caminhada de apenas 19 tentos concedidos, com média de 1,57 por jogo.
Finalista em duas edições anteriores da Coppa Italia, este Verona não se abateu com os insucessos e chegou forte para a Serie A seguinte, querendo superar a própria façanha. Somando vitórias contra Fiorentina (2-1 em casa e 3-1 fora), Juventus (2-0 em casa), Napoli (3-1 em casa, na estreia de Maradona), e Roma (1-0 em casa).
Este triunfo de 1985 continua sendo o único título da simpática agremiação veronesa, que tenta a todo custo se reerguer de anos inglórios em divisões inferiores na Itália. Atualmente na quinta colocação da Serie B, é de se esperar que este ano os gialloblù retomem sua trajetória na elite e quem sabe reescrever novos tempos. O clássico contra o Chievo é só o primeiro dos objetivos a serem traçados.